A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), em parceria com a Prefeitura de Mariana, realizou uma reunião no Centro de Convenções, nesta terça-feira, 07. O evento contou com diversas instituições do estado, com o objetivo de debater e estabelecer ações que podem ser implantadas e melhoradas na segurança do município.
De acordo com um estudo de 2018 da revista Exame, Mariana é a cidade mais segura do estado de Minas Gerais e a quarta do Brasil. Para o prefeito Duarte Júnior, o índice é motivo de orgulho para a população, mas é sempre possível buscar melhorias e avanços. “A reunião de hoje deixa claro que Mariana se preocupa muito com a segurança dos moradores. Esse apoio da Sesp é essencial para que tracemos metas, para subir cada vez mais no índice nacional. Não tenho dúvidas de que é possível fazer da cidade uma referência ainda maior em combate à criminalidade”, disse.
O município, atingido pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015, receberá uma atenção especial da Sesp. Os órgãos de segurança do estado, dedicaram a reunião para observar e discutir dados sobre criminalidade e mudanças de padrões de violência na região, no período após a tragédia.
Em entrevista concedida a Sesp, o General Mário Araújo, Secretário de Estado de Segurança Pública, ressaltou a relação entre o desastre e a segurança do município. “Mariana foi impactada economicamente com a tragédia de 2015 com desdobramentos sociais. Estamos aqui nos antecipando para minimizar impactos na segurança e prevenir problemas, vamos buscar recursos e parceiros para executar os projetos discutidos. Queremos melhorar o atendimento à população”, disse.
Entre as prioridades que foram pautadas está o programa Fica Vivo, que busca controlar e prevenir as ocorrências de homicídios em áreas vulneráveis, melhorando a vida da comunidade. Outra ação para a melhoria da segurança acordada no encontro foi a instalação de uma Base Comunitária da Polícia Militar, que visa a diminuição de danos ao patrimônio, como roubos. A expectativa é que no máximo até o mês de julho, a estrutura já tenha chegado ao município.
O sistema prisional também foi debatido no encontro, isso porque a desocupação do presídio de Itabirito, por estar na zona de risco de um possível rompimento de barragem, trouxe aumento à população carcerária de Mariana. Foi debatida a construção de uma unidade maior, com 600 vagas.
FOTO: PEDRO FERREIRA l PREFEITURA DE MARIANA