Samarco celebra 47 anos com retomada de usina de pelotização P3 em Anchieta

Complexo de Ubu em Anchieta ES Foto: Samarco divulgação.

26/08/2024 às 15h25

A Samarco completa 47 anos em 24 de agosto sendo uma das principais empresas do setor de mineração no Brasil, dá um passo importante na sua retomada ao reativar a Usina de Pelotização P3, localizada no Complexo de Ubu, no estado do Espírito Santo. A antecipação dessa operação, inicialmente prevista para 2025, faz parte de um plano ambicioso de alcançar 60% da capacidade produtiva até o final deste ano, com a meta de chegar a 100% em 2028.

 

 

Investimento e Expansão

Para atingir os 60% de capacidade, a Samarco está investindo R$ 1,6 bilhão, incluindo a construção de uma nova planta de filtragem de rejeitos e a reativação de mais um concentrador no Complexo de Germano, em Mariana. Com esses avanços, a produção deverá chegar a aproximadamente 15 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro por ano, reforçando a posição da Samarco no mercado global.

 

Além disso, a empresa gerou cerca de 3.000 empregos diretos e indiretos no Espírito Santo e em Minas Gerais, com prioridade para a contratação de moradores das comunidades vizinhas. Desses, cerca de 600 são empregos diretos, fortalecendo o compromisso social da empresa com as regiões onde atua.

 

 

 O Simbolismo da Reativação

Rodrigo Vilela, presidente da Samarco, destacou o simbolismo da reativação da P3 no mês de aniversário da empresa:

 

"Reativar mais uma usina, a P3, no mês do nosso aniversário é simbólico. Esse retorno, antes do prazo previsto, representa o compromisso que temos com todos os nossos empregados e contratados e, sobretudo, o compromisso com a nossa função social nos territórios onde atuamos."

 

Promessa de Crescimento e Sustentabilidade no Espírito Santo

Na cerimônia de reativação da planta P2 em Anchieta, no Espírito Santo, o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, destacou a importância estratégica da empresa para a economia estadual e o compromisso com a sustentabilidade. A retomada das operações marca um momento crucial para a companhia, que busca recuperar sua relevância e contribuir para o desenvolvimento do estado.

 

Rodrigo Vilela assumiu a presidência da Samarco em 2018, em um contexto de grandes desafios para a empresa, que antes figurava como a terceira maior do Espírito Santo, ficando atrás apenas de gigantes como Petrobrás e Vale.

 

"A empresa realmente extremamente importante e fundamental para a economia, para a pujancia que esse Estado tem," afirmou Vilela, lembrando a relevância histórica da Samarco para a região.

 

Com a reativação da P3 e a operação de duas pelotizadoras, a Samarco se reposiciona como uma das principais forças econômicas do Espírito Santo. Vilela destacou os avanços recentes do estado, que saltou de 10º para 6º lugar no ranking de competitividade nacional, evidenciando a sinergia entre o crescimento industrial e o desenvolvimento humano e educacional.

 

"O estado do Espírito Santo hoje vem apresentando índices de competitividade incríveis, com ganhos significativos de desenvolvimento," Enfatizou Vilela.

 

A usina P3 começará a operar gradativamente até atingir sua capacidade total, prevista para o final de 2024, com a entrada em operação do Concentrador 2 no Complexo de Germano. Em paralelo, a Samarco continua a investir em tecnologias de filtragem e empilhamento a seco, sem disposição de rejeitos em barragens, reafirmando seu compromisso com a segurança e a sustentabilidade.

 

 Entrevista exclusiva: preocupações comunitárias e planos futuros

Durante uma coletiva de imprensa, o jornalista Roberto Verona questionou Rodrigo Vilela sobre as preocupações das comunidades vizinhas ao complexo do Germano em relação à expansão da produção e ao impacto das pilhas de estéreo. Vilela respondeu com firmeza:

 

Rodrigo Vilela presidente da Samarco

"Nosso processo de licenciamento foi protocolado em 2022 na Secretaria, após nove anos de estudos detalhados. É um projeto muito seguro e muito responsável. O desenho locacional das pilhas de estéreo foi cuidadosamente escolhido para minimizar os impactos, contando com barreiras naturais e engenharia avançada para garantir a segurança das comunidades próximas."

 

Quando questionado sobre a existência de um plano alternativo para a alocação das pilhas de estéreo, Vilela foi categórico:

"O desenho locacional foi escolhido para ser o mais seguro e o de menos impacto. A engenharia por trás desse projeto nos permite garantir que não haverá impactos significativos para Camargos."

 

Prefeito de Anchieta

Fabricio Petri, destacou em seu discurso a grave crise enfrentada pelo município após a paralisação da Samarco. Ele mencionou o alto índice de desemprego, que chegou a 22%, e o impacto severo no orçamento municipal, que levou ao fechamento de unidades de saúde e escolas, além da redução de benefícios aos servidores públicos. Petri ressaltou as medidas tomadas para conter despesas e fortalecer os pequenos negócios locais, o que permitiu ao município superar esse período difícil. Ele também enfatizou a importância da Samarco para a economia local e regional e expressou a esperança de que, com a retomada gradual das operações da empresa, haja mais oportunidades para a mão de obra e fornecedores locais, contribuindo para um futuro mais próspero para Anchieta e toda a região. Por fim, Petri comparou a reinauguração da terceira usina a um marco histórico, refletindo sobre o legado deixado por seu pai, que também participou da inauguração anterior.

 

 Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, também ressaltou a importância da retomada da P3 para a economia do estado. Segundo Casagrande, a reativação da usina traz consigo geração de tributos, empregos e oportunidades para as empresas fornecedoras, impulsionando o desenvolvimento que beneficiará toda a sociedade capixaba.

 

 

Novo Acordo Ferroviário: Impulso para o Desenvolvimento

O governador Casagrande anunciou um novo investimento do governo federal, em parceria com a Vale e a ANTT, para a ampliação da Ferrovia Vitória-Minas até Anchieta. Esse projeto, discutido em Brasília com o ministro Rui Costa, inclui a extensão da ferrovia, que passará por Cariacica e Grande Vitória, fortalecendo ainda mais a infraestrutura regional.

"Essa conquista reflete a confiança e o respeito que o Espírito Santo vem construindo nos últimos anos", afirmou Casagrande.

 

Perspectivas Futuras

Com a reativação da P3 e a ampliação da infraestrutura ferroviária, a Samarco não apenas reforça sua posição como uma força econômica no Espírito Santo, mas também reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento social. O futuro da Samarco é promissor, com metas claras de crescimento responsável e integrado às comunidades que ela impacta.

 

Foto: Tino Ansaloni/Voz Ativa

Após a cerimônia, jornalistas de Mariana e Ouro Preto tiveram a oportunidade de conhecer o Complexo de Ubu, incluindo a planta de pelotização, laboratórios e o controle de qualidade, reforçando a transparência e o compromisso da empresa com a sociedade e a imprensa. Nossa reportagem viajou até Anchieta a convite da Samarco.

 


Voltar

Confira também: