A empresa GSA Alimentos, que produz suplementos e vitaminas de marcas próprias e terceirizadas em Belo Horizonte e Poços de Caldas, está mudando sua matriz para Ouro Preto. Ela ocupará um galpão no distrito de Cachoeira do Campo, como vencedora de uma licitação que exigiu vários quesitos, inclusive compromisso social com a cidade.
O empreendimento deverá gerar até 500 empregos diretos e investimentos iniciais de R$12 milhões, para adaptar e expandir as instalações e implantar novas linhas de produção. A previsão de um de seus sócios, Mauro Lopes, é que a fábrica estará funcionando até agosto deste ano.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia de Ouro Preto, Felipe Guerra, o galpão teve doação direta em uma administração anterior, que foi questionada pelo Ministério Público. “Nós fizemos um chamamento público e a empresa que foi escolhida terá seis meses para iniciar as atividades, além de 15 anos para cumprir uma série de obrigações, antes da cessão definitiva das instalações.
Para a escolha da GSA pesou, segundo Guerra, o número de empregos a serem oferecidos e o fato de não ser poluidora, entre outros itens. Após a conclusão das obras, prevista para julho/agosto deste ano, a GSA estima gerar mais de 300 empregos diretos no município.
“Sessenta por cento das vagas serão destinadas à contratação de mulheres, que terão formação profissional na própria cidade, através de parcerias com a Ufop e o IFMG” – este, aliás, é um dos compromissos assumidos pela empresa que foi essencial, aponta Guerra, para que a empresa vencesse a licitação. “Os empregos serão ofertados pelo Sine, e a empresa terá que gerar, nesses 15 anos, um valor em impostos superior ao valor do terreno e do galpão”, acrescenta o secretário.
“Além dos empregos que a empresa ofertará, ter a sede de uma fábrica no distrito é um forte indicativo de potencial econômico para Ouro Preto. Nossa intenção é a ampliação dos parques industriais e a atração de mais empreendimentos para diversificar e desenvolver nossa economia”, ressaltou o secretário, que anunciou para o mês que vem a licitação de mais sete áreas no Distrito Industrial de Cachoeira do Campo.
Os equipamentos e maquinários já estão chegando à fábrica e, segundo o empresário Mauro Lopes, a instalação da empresa em Ouro Preto exigirá investimentos de R$12 milhões. Eles serão aplicados na reforma do galpão de 2.031 m², o que inclui sua ampliação e a implantação de novas linhas de produção, que serão adicionadas às que virão de Poços de Caldas.
A nova fábrica será a matriz da GSA Alimentos, empresa que atua há mais de vinte anos, com unidades em Poços de Caldas e Belo Horizonte, onde também tem um centro de distribuição. Ela fabrica suplementos, alimentos, vitaminas de marcas próprias como DNA e Health e de terceiros, como Health Labs e Human Doctors. São 4 mil itens, que incluem vitaminas, emagrecedores, fórmulas para queda de cabelo, massas e suplementos diversos. “Tudo que não é fármaco”, destaca Mauro Lopes que, com o sócio Nino Eugênio, era investidor da empresa antes de assumir o negócio.
“Estamos muito bem estabelecidos em Poços de Caldas, mas, além de ter uma fazenda em Ouro Preto, achei mais prático, para nós que moramos em Belo Horizonte, que a empresa estivesse mais perto. O deslocamento de helicóptero até Poços, por exemplo, é de uma hora e meia; até Ouro Preto, não chega a 15 minutos. Todas as unidades irão para lá, só o centro de distribuição é que ficará em Belo Horizonte”, conta Lopes.
Hoje, os produtos da GSA são vendidos em drogarias e lojas de suplementos, mas, segundo seu proprietário, a tendência é ganhar espaço nas gôndolas de supermercados, como já acontece com pneus e rações. No novo endereço, os empresários pretendem realizar um grande sonho: instalar uma linha de produção de fármacos. “Ouro Preto terá uma indústria farmacêutica. Já iniciamos o processamento de licenciamento, que será concluído até o ano que vem”, revela.
Os sonhos não param aí. Está nos planos da empresa agregar uma linha de suplementação animal e outra de cosméticos. E já que a empresa está indo para a cidade, que é patrimônio cultural da humanidade, nada como associar seu nome ao produto. “Estamos criando uma linha para lançar na Flórida e a ideia é chancelá-la com o slogan ‘de Ouro Preto para o mundo’”, revela o empresário.