No dia 16 de julho é celebrado o “Dia de Minas”, essa data foi criada através da Lei Estadual 7.561 do ano de 1979, na qual a Capital mineira é simbolicamente transferida de Belo Horizonte para Mariana, marcando o povoamento no Estado (1709). Essa Lei foi elaborada através da iniciativa do amigo e ilustre marianense Roque Camêllo, cidadão que durante a sua vida sempre foi comprometido com a história, a cultura e as tradições de Mariana e Minas Gerais.
O governador de Minas, Romeu Zema, em fevereiro, anunciou o corte de quase todas as solenidades e honrarias concedidas no Estado, não só a do Dia de Minas, mas também de outras horarias como a medalha JK, a medalha Santos Dumont, mantendo e concentrando todas as homenagens somente com a Medalha da Inconfidência, sob a justificativa de economia para o Estado. Conforme dados repassados pelo Governo, só no ano de 2018 foram gastos cerca de R$ 3,3 milhões com as solenidades.
Como Marianense e conhecedor das tradições e da importância da medalha do Dia de Minas para o município, sempre fui favorável a realização do evento que agracia os indicados ao recebimento dessa honraria. Entendo que nosso Estado passa por uma grave crise financeira, a qual precisamos ter todo cuidado para não haver gastos que não sejam prioritários, uma vez que Minas Gerais, conforme prega a Constituição, deve prezar sempre em primeiro lugar pelos direitos sociais básicos como Saúde, Educação e Segurança.
Dessa forma, na busca por uma solução, e reiterando que sou completamente favorável a solenidade de entrega da Medalha do Dia de Minas, venho solicitando, desde fevereiro, que o Governador tome as devidas providências para realização do evento da forma mais econômica e criativa possível, de modo que nessa data, os olhos dos mineiros e dos brasileiros se voltem para a nossa cidade e não podemos abrir mão dessa tradição.
Desde que a celebração foi instituída, o Governo Estadual realiza a solenidade prevista na Constituição Mineira, valorizando a história da primeira vila de Minas Gerais, primeira capital do Estado, sede do primeiro bispado, da Câmara de Leis e ainda a primeira cidade mineira a ser projetada. Cidade ainda de grandes nomes da história do nosso país, entre eles: Pedro Aleixo, Antônio Aleixo, Alphonsus de Guimarães, Cláudio Manoel da Costa, Frei Santa Rita Durão, Wilson Chaves, Manoel da Costa Athaide, entre outros.
Por fim, na condição de parlamentar, nas quais as funções básicas são a de representar, fiscalizar e legislar, não possuo competência para obrigar o Governo a manter a solenidade, mas me comprometo continuar batalhando todos os dias pela volta desse importante instrumento de valorização do nosso Estado. Acredito que neste momento, precisamos unir forças junto ao Legislativo e Executivo marianense e a sociedade civil organizada para que a nossa cidade não perca mais este precioso evento.
Thiago Cota