Foi realizada, na tarde da última segunda-feira, 06, a 14ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Mariana. Participaram do encontro, além dos vereadores, representantes dos Sindicatos Metabase Mariana e Inconfidentes, da Defesa Civil de Mariana e representantes da empresa Vale S.A.. A presença dos anteriores aconteceu atendendo ao Requerimentos nº 09/2019, do vereador Juliano Duarte (Cidadania), sobre as barragens da mineradora no Município e a suposta redução da produção de minério nas minas localizadas no território de Mariana; e ao Requerimento nº 49/2019, de autoria do vereador Geraldo Sales de Souza, “Bambu” (PDT), para tratar sobre a queda de arrecadação em virtude da paralisação das atividades minerarias e manutenção dos empregos.
Juliano Duarte aponta que, apesar da reversão do decreto de calamidade financeira, a situação do município precisa ser monitorada de perto. “Dentro do cenário atual de incerteza, precisamos de garantias concretas da manutenção dos repasses relativos à exploração do minério e, não menos importante, da segurança dos funcionários enquanto a interrupção das atividades durarem”, pondera o edil.
A gerente executiva interina do Complexo Mariana da Vale, Heloísa Oliveira, afirmou que a empresa quer, cada vez mais, ampliar o diálogo com os poderes locais e população. Segundo a empresa, fazem parte do complexo local as minas de Fazendão, Alegria, Timbopeba e Fábrica Nova. “Destas unidades estão paralisadas Alegria e Timbopeba, totalizando queda de produção de minério em, aproximadamente, 23 milhões de toneladas por ano”, diz Heloísa. Já Thaís Oliveira, gerente de relações institucionais da Vale ponderou que através de acordo firmado com o município já foram repassados R$ 24 milhões à Mariana referente a três meses para compensar a queda de arrecadação, além da manutenção dos empregos pelo prazo de um ano.
O vereador Geraldo Sales de Souza ressalta que a interrupções das atividades da Vale significam prejuízo e custos ao Município. “Além da queda de arrecadação, essencial para a manutenção dos serviços básicos, o desemprego, direto e indireto, causa grave desequilíbrio para a administração pública com o aumento das demandas por parte da população, por isso a necessidade de diálogo e garantias pela empresa”, pondera o edil.
Também presentes na reunião os representantes dos sindicatos dos trabalhadores das empresas de mineração reforçam a preocupação sobre qualidade e estabilidade profissionais. Sérgio Alvarenga, diretor do Sindicato Metabase de Mariana, considerou a reunião positiva. “Se a Vale se mostra aberta ao diálogo precisamos avançar nas questões trabalhistas e otimizar aquilo que existe hoje, principalmente dando segurança aos profissionais, pois não podemos depender da Fundação Renova para dar essas garantias”, garante. Já Valério Vieira dos Santos, vice-presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, pediu que “antes do final do prazo de um ano garantido pela empresa, que terminará em abril de 2020, é necessário que haja diálogo para renovar essas garantias”.