Vereadores de Mariana questionam CEMIG sobre serviços e temem fechamento do atendimento presencial


Solicitações foram apresentadas em reunião da Câmara e apontam problemas no atendimento à população

25/06/2025 às 11h56

Por: Hynara Versiani

 

A prestação de serviços da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) voltou a ser alvo de críticas na Câmara Municipal de Mariana. Na 21ª Reunião Ordinária, realizada na segunda-feira (23), vereadores apresentaram dois requerimentos direcionados à empresa, cobrando explicações sobre o possível encerramento das atividades do polo de atendimento da CEMIG na cidade e sobre a forma como tem sido feita a leitura do consumo de energia nos distritos.

 

O Requerimento nº 103/2025, apresentado pelo vereador Ronaldo Bento, solicita a presença de representantes da CEMIG, da Secretaria de Governo, da Secretaria de Obras e do interlocutor da Prefeitura, Amarildo, em reunião no plenário da Câmara. O objetivo é discutir a continuidade do atendimento presencial da empresa em Mariana, cuja possível extinção vem preocupando a população.

 

“Recebemos moradores pedindo apoio para manter o polo da CEMIG no município. As mudanças constantes de endereço já vinham dificultando o acesso. Agora, com a possibilidade de fechamento, a situação se agrava, sobretudo para quem vive nos distritos”, alertou Ronaldo.

 

Outro requerimento aprovado foi o nº 107/2025, de autoria do vereador Samuel de Padre Viegas. O documento cobra esclarecimentos sobre a nova sistemática de envio de leituras de consumo. Segundo o parlamentar, a CEMIG passou a exigir que os próprios consumidores fotografem os medidores e enviem as imagens por aplicativos de mensagem, o que tem gerado queixas entre os moradores de comunidades como Goiabeiras, Margarida Viana, Cristais e Machadinho.

 

“Muitos moradores não têm celular com câmera ou nem mesmo acesso à internet. Essa exigência tem sido uma barreira para o atendimento adequado. Além disso, não obtivemos nenhum posicionamento da gerência local da CEMIG até agora”, afirmou Samuel.

 

O debate também foi reforçado pelo vereador Ítalo de Majelinha, que chamou a atenção para problemas constantes no fornecimento de energia, especialmente no bairro Rosário. De acordo com ele, picos de tensão têm causado prejuízos materiais aos moradores. “A população está pagando caro pela energia e não tem retorno à altura. Quando equipamentos queimam, o caminho até o ressarcimento é demorado e complicado. A CEMIG precisa se posicionar”, declarou.

 

Com a aprovação dos dois requerimentos, a Câmara espera o comparecimento de representantes da companhia para discutir as reclamações e buscar soluções para as demandas apresentadas pela comunidade.


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