Minas Gerais concentra atualmente 32 das 118 barragens de mineração em situação de emergência no Brasil, segundo o boletim mensal da Agência Nacional de Mineração (ANM). Destas, duas estão no nível máximo de risco, com rompimento iminente. No Estado, há ainda 18 barragens em estado de alerta, antes dos três níveis críticos.
Entre as barragens com alto risco estão a de rejeitos da ArcelorMittal, em Itatiaiuçu, e a Forquilha III, da Vale, em Ouro Preto. De agosto a setembro, a ANM observou uma elevação nas estruturas em emergência, com oito barragens mudando de status para maior risco. Em contrapartida, duas barragens, da Mineração FL Jotas e da Vale, apresentaram melhorias e foram reclassificadas sem emergência.
Além de Minas Gerais, Mato Grosso aparece em segundo lugar no ranking nacional, com 25 barragens em emergência, seguido pela Bahia, Rondônia e Pará. A ANM atribui o aumento de 94 para 118 barragens em risco à Resolução nº 175/2024, que reforçou a segurança normativa para barragens em setembro, mês também marcado pela campanha da Declaração de Condições de Estabilidade.
Especialistas alertam que a eficácia das novas medidas deverá ser analisada em relatórios futuros. Em Minas, o número de barragens em emergência passou de 25 para 32 em um mês, indicando a necessidade de acompanhamento contínuo da segurança nas estruturas de mineração no estado.