Polícia Civil de Mariana desarticula ponto de tráfico após abandono de bebê em prostíbulo

Fotos: Polícia Civil

Ação policial prende três suspeitos envolvidos no tráfico de drogas e exploração sexual, após mãe abandonar filha recém-nascida em prostíbulo. Criança está sob cuidados do Conselho Tutelar.

24/10/2024 às 17h01

 

Na madrugada do dia 24 de outubro de 2024, a Polícia Civil de Minas Gerais, em conjunto com a Guarda Municipal de Mariana, realizou uma operação de combate ao tráfico de drogas e rufianismo (Crime praticado por quem tira proveito da prostituição alheia), desencadeada após o abandono de uma criança em um local conhecido pela venda de entorpecentes e exploração sexual. A ação ocorreu na Rua Amâncio Arinos de Queiroz, no Bairro São Sebastião, e resultou na prisão de três suspeitos.

 

As investigações começaram na manhã do dia 23 de outubro, quando uma mulher, acompanhada de um advogado, apresentou um bebê de cinco meses na Delegacia de Mariana. Segundo o relato, a criança havia sido abandonada pela mãe em um prostíbulo da região, onde o tráfico de drogas é frequente. A mãe da criança, identificada posteriormente pela equipe de investigação, teria deixado a filha sob os cuidados de um motorista de aplicativo e entrado no prostíbulo, onde permaneceu por mais de uma hora. Durante esse tempo, ela se envolveu em uma briga com outras mulheres e abandonou a criança no veículo.

 

Preocupadas com o bem-estar da criança, as moradoras da casa que estavam no local cuidaram dela até a manhã seguinte, quando decidiram procurar ajuda jurídica e apresentá-la à polícia. De imediato, a equipe da Polícia Civil encaminhou o bebê para atendimento médico, e, após constatar que sua saúde estava em ordem, acionou o Conselho Tutelar para os cuidados necessários.

 

A mãe da criança, uma mulher de 23 anos com histórico de abandono de outro filho, é usuária de drogas e frequentadora de pontos de venda de entorpecentes. No dia 22 de outubro, ela havia se deslocado para o prostíbulo com a intenção de comprar crack, e desde então, não foi mais localizada.

 

 

Com base nos relatos das testemunhas e após análise de imagens de câmeras de segurança, a Polícia Civil montou uma operação para desarticular o grupo criminoso envolvido no tráfico de drogas e exploração sexual no local. Durante a ação, realizada na noite do dia 24 de outubro, foram presos em flagrante dois homens, um de 31 anos, que já possuía passagens anteriores por tráfico, e outro de 23 anos, ambos envolvidos na venda de drogas. Além deles, uma mulher de 30 anos, envolvida em vias de fato no prostíbulo, também foi presa.

 

No local, a polícia apreendeu uma pedra de crack com aproximadamente 200 gramas e uma máquina de cartão utilizada para os pagamentos ilegais. A casa, que possuía câmeras de segurança e portas reforçadas, foi descrita como um ambiente degradante, onde as garotas de programa eram exploradas em condições insalubres.

 

A operação foi conduzida pelo delegado titular de Mariana, Marcelo Bangoim Fernandes, com o apoio dos investigadores: Welington Ferrarez Machado, Francisco César de Oliveira, Vanderlei Aparecido de Arruda e Cinara Elizabete Murta Galdino, servidores municipais ad hoc e equipe de apoio da Guarda Municipal de Mariana.

 

Equipe de policiais civis comanda pelo delegado Marcelo Bangoim

O delegado destacou que com  a inauguração do novo prédio da delegacia no Centro da cidade e presença constante da Polícia Civil nas ruas estão ajudando a aumentar a confiança da população e a eficiência nas ações de combate ao crime.

 

O caso ainda está em andamento, e a mãe do bebê permanece desaparecida. O inquérito policial continua em tramitação, enquanto as investigações buscam localizar a mulher e aprofundar as conexões com o grupo criminoso desmantelado.

 

 


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