MPMG deflagra duas operações contra abuso sexual pela internet e prende investigados nos estados de Mato Grosso e Bahia


Operações Caçador e Prima Blindagem cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão, respectivamente, em Cáceres, no Mato Grosso, e em Jequié, na Bahia

25/09/2024 às 17h00

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou hoje, 18 de setembro, duas operações interestaduais contra investigados que usavam redes sociais para assediar e molestar crianças de cinco a 12 anos de idade, além de compartilharem material de pornografia infantil.

 

 

Em ambas as operações, os investigados foram presos e as investigações prosseguirão após a prisão dos agentes e apreensão de celulares, computadores, HDs e pen drives, que passarão por extração e análise para identificar novos crimes e possíveis vítimas.

Operação Caçador

A operação Caçador foi deflagrada por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber) e da 26ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Mato Grosso, da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais e do 6° Comando Regional da Polícia Militar de Cáceres (MT). A ação cumpriu ordens judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão na cidade de Cáceres, no estado do Mato Grosso.

 

 

Segundo se apurou, o principal investigado criava e utilizava identidades falsas em contas de redes sociais para se passar por adolescentes (meninos e meninas) e “caçar” vítimas. Com esses perfis falsos, ele assediava crianças, ganhava a confiança delas, passava a trocar mensagens de cunho sexual, induzia as vítimas a lhe enviarem fotos e vídeos nuas e a praticarem atos libidinosos pela internet.  

Por meio de diligências cibernéticas, o Gaeciber identificou e localizou o verdadeiro usuário das contas. Durante a investigação, foram descobertas ao menos 12 vítimas com idades entre 10 e 12 anos, e cinco com idades entre 13 e 15 anos. No telefone celular do investigado foram encontradas fotografias e vídeos contendo cenas de nudez envolvendo crianças e adolescentes e acessos a grupos de venda de material de exploração sexual infantil.  

O promotor de Justiça Mauro da Fonseca Ellovitch, coordenador do Gaeciber, reforça a necessidade de orientação e supervisão do acesso de crianças e adolescentes a redes sociais.

Operação Prima Blindagem  

A operação Prima Blindagem foi deflagrada por meio do Gaeco Regional de Visconde do Rio Branco (Gaeco Zona da Mata) e da 2ª Promotoria de Justiça de Visconde do Rio Branco; pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais da Bahia (Gaecoa/BA); pela Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia de Visconde do Rio Branco; pela Polícia Civil da Bahia por meio do Núcleo Especializado em Repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes no Ambiente Virtual (Nercca) e da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher. A ação cumpriu ordens judiciais de prisão preventiva e de busca e apreensão na cidade de Jequié, no estado da Bahia.

 

 

Segundo as investigações, o suspeito utilizava o Instagram para assediar e abusar de crianças, com idades entre cinco e 12 anos, havendo fortes indícios do envolvimento de terceiras pessoas. Os crimes foram praticados nos estados de Minas Gerais e da Bahia, inclusive com troca de imagens de sexo explícito envolvendo vítimas crianças. Diversos dispositivos eletrônicos e outros materiais envolvendo a prática de crimes relacionados à pedofilia foram apreendidos na operação.  

Para o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco Zona da Mata, crimes praticados contra crianças possuem um elevado grau de reprovabilidade, seja pela natural vulnerabilidade das vítimas, seja pelo menosprezo dos autores com a ordem pública e com os padrões éticos mínimos exigidos na vida em sociedade.  

Denúncias

Os dois promotores de Justiça responsáveis pelas operações destacam a necessidade de que pais e profissionais que têm contato diário com as crianças, como professores e educadores, procurem auxílio quando se depararem com situações suspeitas nos ambientes virtuais.

As denúncias, além dos canais Disque 100 e Disque 190, podem ser feitas, com segurança e sob sigilo, às Ouvidorias dos Ministérios Públicos. Para acessar a Ouvidoria do MPMG clique aqui ou ligue para o número 127.

 

Fonte: Ministério Público de Minas Gerai.Assessoria de Comunicação Integrada
Diretoria de Conteúdo Jornalístico
[email protected]

 

 


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