Na última segunda-feira, 24 de junho de 2024, o Centro de Convenções Alphonsus Guimaraens sediou a segunda audiência pública sobre a Regularização Fundiária Urbana (REURB) de Mariana. Durante o evento, autoridades locais e a equipe do Grupo Projeta apresentaram atualizações sobre o cadastramento de áreas irregulares no município.
Situação atual das famílias em áreas irregulares
O prefeito Celso Cota revelou que aproximadamente oito mil famílias residem em áreas de ocupação irregular, totalizando 12 mil famílias sem a documentação adequada de suas casas. Ele destacou a falta de investimentos em habitação nos últimos anos, apesar do crescimento populacional da cidade. "A forma mais humana de se proteger uma família é dar um teto para ela morar", afirmou o prefeito.
Avanços na regularização
A REURB está em sua segunda etapa, com ações de regularização já realizadas nos bairros Alto Rosário, Novo Horizonte e Morada do Sol. Durante a primeira fase, 100% das residências no Alto Rosário foram cadastradas, seguido por 70% no Novo Horizonte e 60% na Morada do Sol. A arquiteta Carla Sabino, da Secretaria de Obras, ressaltou a proximidade da conclusão dessa etapa, permitindo que a prefeitura avance para as próximas fases.
Etapas futuras e desafios
A segunda etapa atual envolve o levantamento de informações nos bairros Alvorada, Fazendinha, Vila Aparecida e Vila Nazaré. A terceira fase irá cadastrar residências nos bairros Santa Clara, Santa Rita de Cássia, Santo Antônio e São Gonçalo. Carla Sabino também mencionou a existência de um mercado irregular de terrenos, destacando a necessidade de coibir essas práticas e melhorar as infraestruturas locais.
Participação e questionamentos dos moradores
Além do prefeito Celso Cota, a audiência contou com a presença de outras autoridades municipais, incluindo o vice-prefeito Cristiano Vilas Boas e o secretário de Obras Leonardo Rodrigues. Durante o evento, moradores questionaram sobre a inclusão de Mariana no programa Minha Casa, Minha Vida. O prefeito anunciou que a prefeitura investirá R$ 10 milhões na adequação de um terreno na MG-129, prometido para 1,6 mil casas populares em 2019, para ser utilizado em projetos do programa federal.
Propostas para o futuro
Celso Cota garantiu que, em até 60 dias, a proposta será apresentada à Caixa Econômica Federal para viabilizar a construção de unidades habitacionais nas áreas designadas. "Vamos buscar a construção de algumas unidades habitacionais nessas áreas", concluiu o prefeito, reforçando o compromisso da administração municipal com a regularização fundiária e a melhoria das condições de moradia em Mariana.