Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição de fabricar, importar, comercializar e até mesmo fazer propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar. Esse é mais um avanço em direção ao combate a esse hábito no Brasil, que atualmente possui 9% da sua população adulta fumante, segundo dados do Ministério da Saúde. E para reforçar as consequências lesivas dessa prática, a data 31 de maio foi instituída como o “Dia Mundial sem Tabaco”.
Anualmente, diversas doenças estão relacionadas ao hábito de fumar, incluindo vários tipos de câncer, como é o caso do de pulmão, fígado, estômago, pâncreas, rins, ureter, cólon e reto, bexiga, ovários, colo do útero, cavidade nasal e seios paranasais, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago e leucemia mieloide aguda, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Entre os mais jovens e até mesmo para os adultos, o cigarro eletrônico tem sido sensação, pois muitos acreditam ser menos danosos à saúde. Diferente da versão convencional, os sabores e aromas agradáveis acabam mascarando e tornando os riscos invisíveis.
De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Inca, o cigarro eletrônico aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro. Além disso, o levantamento reforça ainda que os dispositivos eletrônicos elevam as chances de iniciar o uso do cigarro tradicional para aqueles que nunca fumaram.
O cigarro eletrônico produz e libera um vapor com inúmeras substâncias que também podem ser prejudiciais à saúde, incluindo cancerígenos. Entre essas destacam-se: nicotina, propilenoglicol, glicerol, material particulado fino, metais pesados e centenas de outras substâncias. Além disso, podem ser misturados diversos aromatizantes que são muitoatrativos para crianças iniciarem o uso dos Vapes. Os eletrônicos de 4ª geração contêm sais de nicotina e liberam alta concentração de nicotina para os seus usuários”, alerta o médico Dr. Luiz Fernando Pereira, pneumologista do Cancer Center Oncoclínicas Belo Horizonte.
Tabagismo aumenta incidência de câncer do pulmão
Dados do Vigitel Brasil 2023, do Ministério da Saúde, apresenta uma estimativa referente à frequência de pessoas que fumam, independentemente da frequência e intensidade. No conjunto das 27 cidades pesquisadas, a frequência de adultos fumantes foi de 9,3%, sendo maior no sexo masculino (11,7%) do que no feminino (7,2%). Belo Horizonte apresentou um percentual de 9,6% dos adultos com o hábito.
No total da população, a regularidade de fumantes tendeu a ser menor entre os adultos de 18 a 24 anos (6,7%). A periodicidade do hábito de fumar diminuiu com o aumento da escolaridade e foi particularmente alta entre homens com até oito anos de estudo (14,6%).
O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas desse tipo de tumor: segundo o Inca, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de ⅓ destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar.
Ainda de acordo com o Instituto, é estimado para Minas Gerais durante o triênio 2023-2025 cerca de 3.120 casos de câncer de traqueia, brônquios e pulmão.
O pneumologista fala sobre os sintomas que devem despertar a atenção das pessoas. “Os sinais de alerta são tosse, falta de ar e dor no peito. Outros sintomas inespecíficos também podem surgir, entre eles perda de peso e fraqueza. Em poucos casos, cerca de 15%, o
tumor é diagnosticado por acaso, quando o paciente realiza exames por outros motivos. Por isso, a atenção aos primeiros sintomas é essencial para que seja realizado o diagnóstico precoce da doença, o que contribui amplamente para o sucesso do tratamento”, ressalta o especialista.
Confira os benefícios de saúde para as pessoas que deixam de fumar:
• Dentro de 20 minutos, o ritmo cardíaco e a pressão arterial baixam;
• Em 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue cai para o normal;
• De duas a 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta;
• Entre um a nove meses, a tosse e a falta de ar diminuem;
• Em um ano, o risco de desenvolver uma doença coronariana cai pela metade (em relação a um fumante);
• Em cinco anos, o risco de ter um acidente vascular cerebral é reduzido ao de um não fumante – cinco a 15 anos após parar de fumar;
• Em 10 anos, o risco de câncer de pulmão cai para cerca de metade em relação a um fumante e o risco de câncer de boca, garganta, esôfago, bexiga, colo do útero e pâncreas também diminui;
• Em 15 anos, o risco de doença cardíaca coronária é o mesmo de um não fumante.
Sobre a Oncoclínicas&Co
A Oncoclínicas&Co. - maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina - tem um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização, por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.700 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico no país, oferece um sistema completo de atuação composto por clínicas ambulatoriais integradas a cancer centers de alta complexidade. Atualmente possui 145 unidades em 39 cidades brasileiras, permitindo acesso ao tratamento oncológico em todas as regiões que atua, com padrão de qualidade dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas traz resultados efetivos e acesso ao tratamento oncológico, realizando aproximadamente 635 mil tratamentos nos últimos 12 meses. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos mais reconhecidos centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, empresa especializada em bioinformática, sediada em Cambridge, Estados Unidos, e participação societária na MedSir, empresa espanhola dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer. A companhia também desenvolve projetos em colaboração com o Weizmann Institute of Science, em Israel, uma das mais prestigiadas instituições multidisciplinares de ciência e de pesquisa do mundo, tendo Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas, como membro de seu board internacional. Além disso, a Oncoclínicas passou a integrar a carteira do IDIVERSA, índice recém lançado pela B3, a bolsa de valores do Brasil, que destaca o desempenho de empresas comprometidas com a diversidade de gênero e raça.
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