Lula critica ação da Vale e Fundação Renova


Presidente afirma em entrevista que compromissos com as vítimas de Mariana e Brumadinho estão longe de ser cumpridos.

09/02/2024 às 16h21

 

Na manhã de quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou críticas severas à mineradora Vale e à Fundação Renova, responsáveis pela gestão das consequências dos colapsos das barragens em Mariana e Brumadinho. Em conversa com a Rádio Itatiaia, Lula destacou a ineficácia das entidades em solucionar os estragos provocados pelas catástrofes, acusando-as de negligência e de uma tentativa de minimizar os incidentes.

 

"A Vale, que prometeu reconstruir vidas e lares por meio da Fundação Renova, falhou em entregar resultados tangíveis, deixando as promessas de reabilitação das áreas afetadas apenas no papel", comentou o presidente. De acordo com Lula, a mineradora havia previsto uma indenização no valor de R$ 126 bilhões aos afetados pelas tragédias, porém, o montante oferecido não chega a um terço do estimado inicialmente.

 

Lula enfatizou a necessidade de um acordo justo que priorize o bem-estar e a recuperação dos moradores das regiões devastadas, instando a Vale e a Fundação Renova a assumirem responsabilidades concretas perante as comunidades atingidas. A declaração presidencial reforça o clamor por justiça e compensação adequada às vítimas desses desastres ambientais e humanitários.

 

 Posicionamento da Fundação Renova sobre a fala do presidente Lula.


"Até 26 de janeiro, foram solucionados 516 casos de restituição do direito à moradia com a entrega do imóvel ou o pagamento de indenização, de um total de 728 casas, comércios, sítios, lotes e bens coletivos. No Novo Bento Rodrigues, 108 imóveis foram entregues aos novos moradores. Em Paracatu, 46 imóveis foram entregues aos novos moradores. Até dezembro de 2023 foram destinados R$ 34,76 bilhões às ações de reparação e compensação. Desse valor, R$ 13,89 bilhões foram para o pagamento de indenizações e R$ 2,68 bilhões em Auxílios Financeiros Emergenciais, totalizando R$ 16,57 bilhões para 439,5 mil pessoas."


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