O Diretor Executivo do SAAE Mariana Valdeci Fernandes, o diretor-adjunto Sidney Costa e a coordenadora do setor comercial Alessandra Maciel, abordaram questões importantes em uma coletiva nesta quarta-feira, focando principalmente na Tarifa Básica Operacional (TBO). A direção da Autarquia esclareceu que não cobra pela água usada, mas sim pela TBO, que cobre a manutenção do sistema, incluindo reparos em adutoras, redes esgotos e abastecimento suplementar (pipa).
Valdeci mencionou que, ao assumir a gestão, enfrentaram o desafio de uma licitação pendente devido à finalização do contrato com a empresa anterior. Este processo está em fase de conclusão, com uma prova de conceito prevista para 14 de dezembro. A nova empresa, já estabelecida no mercado, assumirá a operação do sistema e a emissão das contas.
O diretor destacou que a TBO não foi cobrada por aproximadamente três meses devido a essa transição. Apesar de não ser possível isentar os pagamentos atrasados, o SAAE pretende oferecer opções de parcelamento sem juros para facilitar o pagamento. Salientou o dirtor que os usuários que quiserem quitar as pedências poderão procurar o escritório comercial da Autarquia que funciona no horário comercial no Centro de Conveções e solicitar o talão de pagamento atualizado.
Durante a pandemia de 2020, houve uma suspensão da cobrança, mas não uma isenção. Atualmente, há discussões sobre o reembolso dessa suspensão. A agência reguladora e outras autoridades estão envolvidas nesse processo, buscando uma solução equilibrada e justa para os consumidores.
Valdeci deu destaque a importância do uso de hidrômetros para controlar o consumo de água na cidade. Ele destacou que sem esse controle, há casos de consumo excessivo, como residências com três habitantes utilizando 200 m³ de água, quando o consumo ideal seria de 12 m³. A falta de controle também atraiu empresas de outras regiões que se beneficiam do baixo custo da água.
Foi enfatizado pelo diretor do SAAE que o processo de licitação para a instalação de hidrômetros já está avançado. A implementação desses dispositivos permitirá identificar e informar aos consumidores sobre o excesso no consumo de água. A Organização Mundial da Saúde estabelece que o consumo padrão é de 150 litros por pessoa por dia, mas em Mariana, esse número é frequentemente excedido.
O diretor também ressaltou a disparidade no fornecimento de água, citando exemplos de pessoas que têm água 24 horas por dia e ainda assim solicitam caminhões-pipa durante interrupções temporárias no fornecimento. Ele reconheceu que, além do consumo excessivo, vazamentos e perdas no sistema também contribuem para problemas no abastecimento.
Por fim, ele mencionou que, após a instalação dos hidrômetros, será justa a cobrança pelo consumo de água. A questão da taxação só será abordada depois que os hidrômetros estiverem em funcionamento, garantindo um abastecimento eficiente para todos os bairros e distritos. Ele concluiu que a cidade de Mariana tem capacidade hídrica suficiente, mas a gestão e o controle efetivo são essenciais para resolver os problemas de abastecimento.