Um homem de 54 anos foi morto após trocar tiros com a Polícia Militar na noite dessa quinta-feira (11), no bairro Santa Cruz, na região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com os policiais, o homem teria atirado contra a guarnição, que revidou os disparos. O conflito ocorreu depois que a vítima colocou uma arma na cabeça da esposa, ameaçando matá-la. Ele chegou a ser socorrido em vida, mas veio a óbito no caminho para o hospital.
Segundo os militares, a homem, identificado como Fernando Mares e que atuava como dentista, teria atirado contra a esposa e a enteada. A companheira, de 54 anos, foi atingida por cindo disparos, sendo quatro no tórax e um no rosto. Já a enteada, de 23 anos, foi atingida com um disparo na perna e outro no ombro. Elas foram socorridas e encaminhadas ao Hospital Odilon Behrens.
Testemunhas contaram aos militares que os envolvidos moravam juntos em uma casa do bairro. Durante a noite de ontem, vizinhos escutaram gritos, barulhos de tiros e logo acionaram a polícia. Uma vizinha, que pediu para não ser identificada, contou a reportagem que Fernando Mares chegou a invadir a casa dela armado procurando pela esposa e enteada. "Eu vi ele muito alterado. Ele chegou a invadir minha casa, porque pensou que elas tinham passado da janela da casa delas para minha casa. Falamos que elas não estavam e foi embora de volta. E então ouvimos mais disparos e elas continuaram gritando", disse.
Abordada pelo homem, a vizinha correu para a rua para pedir socorro. Foi quando encontrou duas motos de radiopatrulhamento que estavam na região. Os militares solicitaram reforço e, com a chegada de mais equipes, entraram na casa.
Os motivos da agressão e da tentativa de homicídio ainda são desconhecidos. Em depoimento aos militares, a enteada de Fernando contou que, antes das ameaças, o casal teria tido um desentendimento. Em posse de uma arma, ele aprisionou a enteada e a companheira em um cômodo na parte superior da residência.
Uma outra vizinha do casal disse a reportagem que ficou assustada com as ameaças de Fernando. "Eles tinham um relacionamento conturbado. As vezes dava para ouvir algumas brigas do casal", contou. A Policia investiga a origem da arma e se o dentista possuía porte e posse legal de armas.
Fonte: O tempo