Os cartórios de Minas Gerais registraram, em 2020 e 2021, desde o início da pandemia do Coronavírus no Brasil, 23.754 recém-nascidos apenas com o nome da mãe na certidão.
O número de pais ausentes dos dois últimos anos é o maior desde 2003.
Segundo o Sindicato dos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado de Minas Gerais (Recivil), os dados são dos módulos lançados no Portal da Transparência do Registro Civil. Ele possui informações referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados em todo o país.
Em 2020, 11.966 bebês tinham apenas o nome da mãe no documento de nascimento. No ano passado foram 11.788 crianças.
No mesmo período, o estado teve o menor número de nascimentos, sendo 1.058.102 registros em 2020 e 1.023.575 em 2021.
A série histórica dos cartórios, que traz as informações, começou há 19 anos. Em todo o país, 320 mil bebês tiveram apenas o nome da mãe no registro durante a pandemia.
Se por um lado o número de crianças sem o nome do pai na certidão bateu recorde, por outro, o número de reconhecimento de paternidade também aumentou em Minas Gerais. Veja:
Já nos dados nacionais, os reconhecimentos de paternidade caíram mais de 30% quando comparados a 2019.Saiba como reconhecer a paternidade