Temendo que seu filho morresse, mãe paga ambulância e o leva para Itabira


24/01/2022 às 18h46

A psicóloga Camilla Raysa, 35 anos, de Barão de Cocais, denunciou um caso parecido com o de Paula Miranda, moradora da mesma cidade. Porém, felizmente, o filho dela, Arthur de Linhares Santana, de um mês e 20 dias, sobreviveu e estava na casa de parentes em Itabira, após ficar cinco dias internado no Hospital Nossa Senhora das Dores.

Para conseguir que o filho recebesse atendimento adequado, Camilla Raysa teve que alugar, por R$ 800, uma ambulância particular da Avant, que transferiu Arthur do Hospital Municipal Waldemar das Dores, em Barão de Cocais, para a cidade vizinha, no dia 9 (domingo) – onde ficou internado até dia 13 (quinta-feira).

“Meu filho estava com saturação baixa, não tinha pediatra no hospital. A pediatra não apareceu em nenhum momento para ver o meu filho. Lá quem atendeu foi um clínico, que nem a saturação mediu do meu filho. Meu filho, pelo raio-X feito na Santa Casa Nossa Senhora das Mercês, em Santa Bárbara, mostrou que ele estava com bronquiolite aguda”, comentou a psicóloga.

Camilla Raysa disse ainda que o médico tirou uma foto do raio-X do menino e mandou para a pediatra. “A pediatra não entendeu que era urgência. Saí do hospital com meu filho desfalecendo em meu braço. A pediatra nem veio atender o meu filho, sabendo que é um menino de um mês”, relatou.

A psicóloga disse que quando falou que iria levar o filho para Itabira não foi oferecida sequer uma ambulância. “O médico que atendeu sequer fez o pedido de uma ambulância para levar a gente. Fretei uma ambulância da Avant. Eles foram uns anjos na minha vida. Eu fui deitada na ambulância com meu filho e a dona da ambulância me acompanhando e auxiliando”, disse.

“Em Itabira, a médica que recebeu meu filho no Nossa Senhora das Dores já pegou ele, tirou a saturação e entrou com oxigênio e adrenalina. Já vieram mais médicos e enfermeiros e passaram uma sonda e colocaram medicação para reanimar ele”, acrescentou.

O pequeno Arthur já recebeu alta médica e a mãe, agora mais aliviada, classificou de “maravilhoso” o tratamento que o menino recebeu no hospital de Itabira. “Ele não está 100%, mas já está melhor. Vou ficar aqui na casa de minha irmã, porque em Barão de Cocais, que é a minha cidade, com ele não tenho coragem de voltar. Se ele passar mal em Itabira eu tenho mais segurança”, afirmou.

[Reportagem Guilherme Assis - fotos álbum de família]

Diário de Santa Bárbara 


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