Por Marcelo Sena
Diante dos impactos causados pela Covid-19 em diversas obras de Mariana, o Território Notícias conversou com o vice-prefeito de Mariana, Newton Godoy, sobre o andamento das obras do Plano Habitacional, anunciado em outubro de 2019. Newton explicou qual é a etapa atual do projeto, informou sobre a geração de empregos e fez previsões sobre a entrega das primeiras casas.
Sobre a etapa atual do projeto, o vice-prefeito informou detalhes sobre a licitação das obras de infraestrutura e urbanização. “Hoje está tendo a licitação para serviços de urbanização e infraestrutura. A gente tinha começado o projeto pensando que teria uma ata e não teríamos a necessidade de concorrência pública. Mas, como a gente tinha algumas dúvidas no edital, nós decidimos prorrogar o prazo e fazer uma licitação pública que está abrindo hoje (14) as propostas. Hoje foi a fase de habilitação das propostas e amanhã abre a proposta de preço, se tudo correr bem”.
Além disso, o vice-prefeito afirmou que a prefeitura trabalhou no local para adiantar o processo. “Enquanto isso, a Prefeitura colocou lá os equipamentos que ela tem à disposição. Não ficou parada. Fez o que pode e já adiantou um pouco. Esse pouco que foi adiantado vai ser retirado da planilha licitada. R$ 17,4 milhões, se não me engano, o valor bruto, total, mas ele deve ter desconto e durante as propostas esse valor deve cair um pouco”.
Para esta etapa, o vice- prefeito espera a geração de cerca de 100 empregos. “Essa obra de infraestrutura não gera muitos empregos por ser uma obra de equipamentos como retroescavadeiras e caminhões. Então são mais máquinas que pessoas. Mas ela deve ter umas 100 pessoas, talvez. Mas distribuídas pelo loteamento todo de forma que eles não estarão nunca gerando aglomerações”.
Sobre a previsão de entrega das primeiras unidades, Newton Godoy acredita que 40% das casas, que representam 640 moradias, estarão prontas até o final de 2020. “A infraestrutura acontece junto com a construção das casas também. A licitação da empresa que vai construir as casas aconteceu no dia 27 de dezembro. Ela já pode começar a produzir na medida que a gente for liberando os platôs para a construção. Não é necessário que esteja pronta a rua para você construir a casa no lote. São duas coisas que podem andar juntas. À medida que formos entregando as quadras, as casas podem começar. A gente acredita que pelo menos uns 40% do total das casas seja entregue ainda esse ano”.
O vice´prefeito também explicou que o cadastramento de cidadãos interessados em adquirir um imóvel no novo complexo habitacional ainda não começou. “O que foi feito foi um levantamento no número dos funcionários públicos que têm condição de comprar as casas pelo salário que ganha e pelo enquadramento familiar que se encaixam. A gente tem uma relação desses funcionários que será passada para o agente financeiro e o agente é quem vai fazer esse cadastramento definitivo”.
O projeto do novo plano habitacional prevê que 10% das casas construídas sejam destinadas à Prefeitura. Assim, 160 casas deverão ser destinadas a famílias que moram em áreas de risco. “No contrato do empreendedor, a cada dez casas que ele faz, ele entrega uma para a Prefeitura de graça. Então se ele fizer 400, vão ser 40. Mas a gente vai tentar negociar as que tiverem maior prioridade, mesmo que passar um pouco mais do que o cara deveria entregar, os 10%, que ele já cumpre o compromisso dele dos 160.”