A Fundação Renova e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), com interveniência da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e dos governos dos Estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, firmaram um convênio de cooperação técnica para selecionar projetos de pesquisa, ensino e extensão para traçar perfil epidemiológico e sanitário, retrospectivo, atual e prospectivo dos moradores de Mariana até a foz do Rio Doce. O principal objetivo do convênio é avaliar os riscos e as correlações decorrentes do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), e responder às demandas do poder público e da população atingida em relação aos possíveis impactos.
A Fapes e a Fapemig serão responsáveis pela elaboração do edital de seleção dos projetos de pesquisa no Espírito Santo e em Minas Gerais. Caberá à Fundação Renova disponibilizar um total de R$ 15 milhões às instituições de pesquisa para a realização dos estudos previstos que vão incluir os temas: epidemiologia, saúde mental, saúde do trabalhador e toxicologia. O edital de chamada para as instituições interessadas em participar do processo seletivo deve ser publicado nos próximos meses.
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, constituída com o exclusivo propósito de gerir e executar os programas e ações de reparação e compensação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão.
A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas Vale e BHP, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016.