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MPMG divulga roteiro para inserção da temática de prevenção à violência contra a mulher na educação básica

Números recentes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública reforçam a urgência de ações contínuas de prevenção à violência contra a mulher no país e em Minas Gerais

O Brasil registrou aproximadamente quatro feminicídios por dia em 2023 e 2024, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025. Foram 1.475 casos em 2023 e 1.492 em 2024, um aumento de 1,2%. Em Minas Gerais, houve queda de 12,7% nos feminicídios consumados – que passaram de 186 para 163 -, mas um aumento expressivo de 47,9% nos tentados, que subiram de 168 para 248 no mesmo período.  

Mesmo com a redução nos casos consumados, o número absoluto permanece elevado e Minas Gerais segue ocupando a segunda posição nacional. Os dados, segundo a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAOVD) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Denise Guerzoni, reforçam a necessidade de políticas públicas estruturadas e permanentes de prevenção, proteção e responsabilização, especialmente no campo educacional, onde medidas de conscientização podem impactar de forma direta a formação de crianças e adolescentes. 

Com base neste contexto é que o MPMG elaborou um roteiro de atuação voltado a orientar promotores e promotoras de Justiça no acompanhamento da inclusão permanente da temática de prevenção à violência contra a mulher nos currículos da educação básica.  

O documento reúne sugestões de medidas para auxiliar as Promotorias de Justiça a apoiar e fiscalizar a implementação do tema como conteúdo transversal nas redes de ensino. Ele foi elaborado, conjuntamente, pelo CAOVD e pelos Centros de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Educação (CAOEDUC) e de Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes (CAODCA) e pelo Centro Estadual de Apoio às Vítimas – Casa Lilian do MPMG. 

O material detalha o contexto normativo que fundamenta essa atuação, destacando alterações recentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que determinam a inclusão obrigatória de conteúdos sobre direitos humanos e prevenção de todas as formas de violência contra a mulher nos currículos escolares. Também reforça que a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher, realizada no mês de março, deve funcionar como culminância de ações que precisam ocorrer de forma contínua ao longo de todo o ano letivo. 

O roteiro ressalta a importância da atuação do Ministério Público na promoção de uma cultura de respeito, equidade de gênero e prevenção da violência desde a formação educacional. Segundo o documento, a escola é um espaço estratégico para o desenvolvimento de valores democráticos e para o enfrentamento de estereótipos e práticas que sustentam a violência de gênero.  

Neste sentido, a atuação do Ministério Público contribui para fortalecer a rede de proteção, capacitar educadores, identificar situações de risco e articular ações com outros órgãos públicos. Ela também concretiza direitos fundamentais e compromissos internacionais assumidos pelo Estado brasileiro .

Orientações 

As orientações apresentadas no roteiro incluem a instauração de procedimentos administrativos para acompanhar a implementação das medidas nas redes de ensino municipais e em escolas particulares, o envio de ofícios para levantamento de informações, a expedição de Recomendações quando houver omissões e o monitoramento contínuo das providências adotadas pelas instituições de ensino, com a possibilidade de medidas judiciais quando necessário.  

A coordenadora do CAOVD, promotora de Justiça Denise Guerzoni, destaca a importância da atuação do MPMG junto às escolas no enfrentamento à violência de gênero. “A educação representa forte pilar de combate a todas as formas de violência. Estamos prontos e aptos, enquanto MPMG, a contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária, construindo equivalentes oportunidades sociais, culturais e familiares para meninas e meninos”, disse. 

A coordenadora do CAOEDUC, promotora de Justiça Giselle Ribeiro, também chama a atenção para a urgência de se transformar a realidade de mulheres e meninas no país. “O Ministério Público de Minas Gerais quer ir além do necessário cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Nosso objetivo é promover uma transformação dessa cultura de violência contra a mulher, desde a base, por meio de uma educação cidadã de qualidade. Queremos que sejam formadas gerações conscientes, críticas e comprometidas com os direitos humanos e a igualdade de gênero”, pontuou.  

O roteiro de atuação também incentiva ações educativas, capacitações, visitas às escolas, articulação com a rede de proteção e realização de audiências públicas, além da elaboração de relatórios que sistematizem as práticas desenvolvidas. 

Fim da notícia

Ministério Público de Minas Gerais

Assessoria de Comunicação Integrada
Diretoria de Conteúdo Jornalístico
jornalismo@mpmg.mp.br
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