Município recebeu R$ 181,2 milhões em CFEM entre janeiro e agosto de 2025, ficando atrás apenas de Conceição do Mato Dentro e Congonhas.
Mariana se consolidou, em 2025, como um dos principais polos de arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) em Minas Gerais. Entre janeiro e agosto, o município registrou R$ 181,2 milhões em royalties da mineração, ocupando a terceira posição no ranking estadual, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM).
A liderança ficou com Conceição do Mato Dentro, que arrecadou R$ 298,6 milhões, seguida por Congonhas, com R$ 220,9 milhões. Logo depois de Mariana aparece Itabirito, com R$ 180,4 milhões, Nova Lima, com R$ 176,4 milhões, e São Gonçalo do Rio Abaixo, com R$ 166,3 milhões. Ouro Preto figura na nona colocação, com R$ 99,2 milhões no período.
O desempenho de Mariana é atribuído principalmente à produção da Samarco, que retomou suas operações em 2020 após a paralisação provocada pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015. Apenas no segundo semestre de 2025, a mineradora produziu 3,9 milhões de toneladas de pelotas e finos de minério de ferro. Além dela, companhias como Vale e Cedro Mineração também recolhem CFEM no município, ampliando o volume arrecadado.
A compensação é paga pelas empresas mineradoras pela exploração de recursos minerais em território nacional. Do total recolhido, a maior parte vai para os municípios produtores, que utilizam os recursos para reforçar seus orçamentos em áreas como saúde, educação, infraestrutura e serviços básicos.
“A CFEM é uma das principais fontes de receita do município e garante investimentos fundamentais para a população”, afirmou um representante da Secretaria de Fazenda de Mariana.
Com a terceira posição no ranking, Mariana se consolida como um dos principais polos de arrecadação mineral de Minas Gerais, reforçando o peso da mineração em sua economia e apontando para o desafio de equilibrar crescimento econômico e sustentabilidade.