Durante a 12ª edição do Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto e Mina Subterrânea (CBMINA), realizado entre 26 e 28 de agosto, em Ouro Preto (MG), a Samarco apresentou as ações que marcam sua trajetória de retomada produtiva de forma gradual e segura, reafirmando seu compromisso com a sustentabilidade. O evento, promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), reuniu especialistas, pesquisadores e lideranças para debater tendências, desafios e soluções para o setor mineral.
Na abertura, o presidente da Samarco, Rodrigo Vilela, ressaltou a retomada gradual das operações da empresa, que, mesmo operando com 60% de sua capacidade, já figura como a segunda maior exportadora de pelotas do país. “Esse é um marco importante, que reflete resiliência, responsabilidade e eficiência”, comentou o CEO.
Vilela comentou também sobre o atual cenário da mineração, destacando uma mudança de paradigma no setor. “Pela primeira vez, a mineração está sendo reconhecida como parte fundamental da transição energética e da construção de um futuro sustentável. Isso é essencial”, afirmou, reforçando o compromisso da Samarco com práticas inovadoras, responsáveis e alinhadas aos desafios globais.
Segundo Vilela, mais do que extrair e beneficiar minério de ferro, a Samarco entende que a mineração exerce um papel estratégico para o futuro do planeta – da viabilização da transição energética à segurança alimentar, passando pelo avanço tecnológico. “Vivemos um momento decisivo para reposicionar nosso setor. A mineração precisa ser vista não apenas como extração, mas como transformação, geração de valor e contribuição concreta para a descarbonização e o desenvolvimento sustentável.”
Lições aprendidas
No último dia do evento, profissionais da Samarco conduziram o painel “Uma década de aprendizados: avanços técnicos em gestão de rejeitos e segurança de estruturas após o rompimento da barragem de Fundão”. A apresentação reuniu João Paulo Chiste, gerente de Geotecnia de Barragens, e os engenheiros especialistas Anelisa Vasconcelos e Wanderson Silvério Silva, que compartilharam experiências adquiridas ao longo dos últimos anos, após o rompimento, que jamais será esquecido.
O painel destacou as obras emergenciais realizadas no Complexo de Germano logo após o rompimento, a descaracterização da Cava e da Barragem do Germano e a evolução nos sistemas de monitoramento e das práticas de segurança de barragens, que conta com o Centro de Monitoramento e Inspeção (CMI). A descaracterização da Cava do Germano foi concluída em julho de 2023 e as obras na barragem do Germano seguem em estágio avançado, com 92% das intervenções finalizadas e previsão de término em 2026, antes do prazo previsto. Os profissionais também apresentaram soluções inovadoras no reaproveitamento de rejeitos, com o uso de inteligência artificial para otimizar processos e reduzir impactos ambientais.
